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Nos confins da África meridional, um fotógrafo neozelandês, após encontrar o retrato perfeito que há tanto procurava, dirigiu-se faminto a um restaurante típico. Nem abriu o cardápio. Solicitou diretamente a recomendação do chef. Depois de uma dúzia de minutos, a iguaria foi servida. Tratava-se de um prato rodeado por um suave molho branco e manjericão. Ao centro, um anelídeo que se movia lentamente. Levemente alarmado, o peregrino, na língua de Camões, indaga ao garçom:- E como vivo?
- Vivo!
Primeiro os dedos digitam os versos.
Em seguida moldo minha filosofia
de modo a adaptá-la à poesia.
Escrevo e depois interpreto
buscando sentido no produto criado e enfim,
meu pensamento se alinha àquelas palavras.
Pior quando a cabeça cisma tanto com a forma
que nasce uma garota malhada que não sabe falar.
Caso o tema insista em não brotar,
sempre em algum canto da mente
estará ali quietinha a metalinguagem:
leal companheira da arte pela arte.
Vem Cabral!
Traz contigo teu povo, tuas bugigangas e teus jesuítas.
Livra-nos de nossa liberdade, de nosso ouro e de nossos ritos.
Salva-nos!
Vem Bush!
Traz contigo teu exército, tuas multinacionais e teu modo de vida.
Livra-nos de nossa liberdade, de nosso petróleo e de nossos ritos.Salva-nos!
Vem Rede Globo!
Traz contigo tua opinião, teus atores esbeltos e teus Big Brothers.
Livra-nos de nossa liberdade, de nosso amor próprio e de nosso discernimento.
Salva-nos!
Por todo amor de vosso Deus:
Ensinai-nos a viver!